Os acidentes de trânsito costumam resultar em inúmeras consequências tanto para a vítima quanto para o condutor. No pedestre, o forte impacto de um veículo causa inúmeros traumas, desde físicos a psicológicos. E os traumas físicos, muitos deles são irreparáveis. Em 2023, aconteceram em média 107 internações por atropelamento, conforme registrado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ainda segundo o SUS, o ano passado foi marcado por 39.110 internações. Em comparação com o ano de 2022, que teve 36.609 internações, houve um aumento de 7%. Segundo dados da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), ano passado aconteceram cerca de 1.413 acidentes que resultaram em pessoas feridas.
Além dos atropelamentos trazerem danos às vítimas, eles também resultam em custos. Conforme a última atualização dos dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até julho de 2023 o governo do estado gastou mais de R$1,1 milhão com internações de pedestres que foram atropelados. Já os gastos com a recuperação dos motociclistas foram os maiores, mais de R$5 milhões.
Seja em casa, praticando algum tipo de atividade física ou em um acidente de trânsito, os traumas ortopédicos são lesões sofridas por boa parte da população. O Dr. Caio Zamboni, professor e membro da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico cita outros tipos de traumas que podem ser causados por atropelamentos.
“Em ordem de frequência, os mais comuns são as fraturas dos membros e os traumas crânio encefálicos. Depois, vem as lesões torácicas e abdominais. Quando falamos de lesões nas extremidades vêm as fraturas. Também há a diferença entre os atropelados por carro e por moto. Por moto, as fraturas mais comuns são os arcos costais, coluna e fêmur. Já por carro, as fraturas mais comuns são nas pernas”, exemplificou.
O desrespeito às normas de trânsito como excesso de velocidade, dirigir sob efeito de álcool, condição física do condutor, além de fatores climáticos ou ainda as condições das vias são algumas das principais causas dos atropelamentos. Porém, a que é mais frequente é a falta de atenção tanto dos motoristas quanto dos pedestres.