O deputado estadual Antônio Henrique Júnior (PP) propôs, nesta quarta-feira, 1º, um projeto de lei para instituir o acarajé como patrimônio cultural do estado da Bahia. A proposta foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) desta quinta, 2.
A proposição do parlamentar baiano ocorre em meio a uma polêmica que se instalou nas redes sociais nos últimos dias, após a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovar o tradicional bolinho afro-brasileiro como patrimônio cultural fluminense. De acordo com Antônio Henrique, porém, “o acarajé é um prato típico da culinária baiana”.
“Seu consumo está diretamente relacionado ao dia a dia do baiano, que o consome após o trabalho, durante o percurso de volta para casa, ao final da tarde, nas praias, festas e largos. Configura-se também como ponto de encontro de redes, relações e grupos”, diz o parlamentar baiano, na sua justificativa para o projeto de lei.
Ainda segundo o deputado, aprovar o acarajé como patrimônio cultural da Bahia é uma forma da ALBA preservar o alimento, que é tão importante para a população do estado.
“A venda do acarajé é uma tradição antiga que passa de geração em geração e que garante o sustento de muitas famílias. E a patrimonialização do saber desse ofício é um processo que deve ser construído socialmente por diversos atores, inclusive essa Casa Legislativa, reconhecendo a devida importância deste alimento para cultura do nosso Estado e a necessidade de preservá-lo”, argumentou Antônio Henrique.
Enquanto na Bahia o parlamentar ainda briga pelo reconhecimento do acarajé como patrimônio cultural, em Salvador, a nível municipal, uma lei de 2002 já coloca a iguaria nesse patamar.