Dos três suspeitos de matarem os ortopedistas na Barra da Tijuca, em outubro passado, Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, é o único sobrevivente foragido. Integrante do Comando Vermelho, ele tem sido procurado pela Polícia Civil desde o crime, e as buscas já se estendem até Minas Gerais. Além dele, Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Soares de Almeida também são apontados como autores dos assassinatos, e foram encontrados mortos cerca de 12h depois do atentado no quiosque da Barra. A suspeita é de que o próprio tráfico, por retaliação, seja responsável pelas mortes.
Além do crime contra os médicos, a polícia apura se BMW está envolvido em uma tentativa de invasão à comunidade Rio das Pedras, também na Zona Oeste, no último dia 6. A localidade é chefiada pela milícia de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, com quem o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida foi confundido e morto no quiosque, ao lado de seus amigos. Taillon foi preso, em 31 de outubro, pela Polícia Federal, junto ao pai, Dalmir Pereira Barbosa.
Tanto BMW, quanto Lesk e Ryan faziam parte da Equipe Sombra, pertencente ao CV. Ex-milicianos, eles se aliaram ao tráfico para a tomada de regiões há décadas dominadas por grupos paramilitares. O acordo entre os lados aconteceu em meio a um processo de fragmentação da milícia do Rio, que aconteceu após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho, durante uma operação da Polícia Civil, em 2021. Com a brecha, traficantes começaram um processo de expansão de territórios, o que acabou levando parte dos milicianos locais a se aliarem à facção. (Extra)