Sindicombustíveis aponta guerra em Israel como razão à alta de preços

O Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis) apontou os recentes conflitos envolvendo o país de Israel como razão para o aumento de preço dos combustíveis ocorrido nesta sexta-feira (19), em Salvador.

Foi registrado um aumento de 5,1% nos preços, confirmado no dia anterior pela Acelen, dona da Refinaria de Mataripe, que fornece combustível para os postos de Salvador e região. O preço da gasolina comum saltou de R$ 5,90 para R$ 6,30; a aditivada chega a R$ 6,70, mas há postos na região metropolitana vendendo por até R$ 7,18.

Em conversa com o Portal A TARDE, Marcelo Travessos, secretário executivo do Sindicombustíveis, explicou que eventos geopolíticos, como os que ocorrem atualmente em Israel, têm influência sobre o preço dos combustíveis.

“A Acelen tem uma política de precificação de seus produtos voltados para o que o mercado internacional aponta. Nos últimos dias, principalmente a partir de 1º de abril, que foi quando houve um acirramento nas disputas entre Israel e os países circunvizinhos, houve algumas ações de pirataria num ponto onde há fluxo de todo tipo de produto, inclusive petróleo. Isso faz com que o mercado de commodities, de uma forma geral, especule em seus preços”, afirma.

Ainda segundo Travassos, como a Acelen tem como prática acompanhar o mercado internacional, ela vem ao longo de abril subindo seus preços.

“Nesta semana agora, a Acelen alterou o preço na terça-feira e ontem, quinta-feira”, disse o sindicalista.

Na segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um grupo de trabalho para acompanhar eventuais impactos do ataque do Irã a Israel no mercado nacional de petróleo. “O Brasil, como todos os países do mundo, sofre impactos quando há restrição de produção ou de comercialização do petróleo”, disse.