O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou por exames na quinta-feira, 23, no hospital Sírio Libanês, e foi diagnosticado com uma pneumonia leve. Após os exames, o chefe do Executivo foi liberado para se recuperar e já retornou ao Palácio da Alvorada. O anúncio foi feito nas redes sociais do presidente.
O diagnóstico fez Lula adiar a sua viagem para China, que tinha embarque previsto para o sábado, 25. Toda a agenda dele foi cancelada nesta sexta-feira, 24. Não foi informada pela equipe do presidente quando a viagem irá acontecer.
“O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está no Alvorada após exames no hospital Sírio Libanês ontem a noite. O presidente está com pneumonia leve e irá, por conta disso, adiar para domingo o início da sua viagem para a China”, afirma a nota.
O objetivo do governo brasileiro é promover o relançamento das relações com aquele que é o principal parceiro comercial do país desde 2009. Em 2022, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional.
De acordo com o governo federal, os principais eventos diplomáticos da viagem aconteceriam no dia 28 em Pequim, quando Lula teria reuniões com o presidente da China, Xi Jinping, com o Primeiro-Ministro da China, Li Qiang, e com o Presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. A pauta bilateral irá envolver comércio, investimentos, reindustrialização, transição energética, mudanças climáticas, acordos de cooperação e paz.
Na pauta dos dias seguintes estão previstos um evento empresarial promovido pela Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível e pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a participação de mais de 240 empresários brasileiros. Também haverá um evento no dia 27, promovido pelo Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), com cerca de 100 empresários.
A previsão também era de uma viagem ao Xangai, onde visitará a sede do Novo Banco de Desenvolvimento, entidade criada pelos BRICS (grupo formado por Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul) para fomentar projetos em países em desenvolvimento.