Em discurso postado nas suas redes sociais e publicado ontem (29), o candidato a prefeito de Ipiaú, Alipinho (UB), chama a candidata Laryssa Dias (Progressistas) de “boneca” e “marionete”. Ao definir uma mulher com o termo “boneca”, Alipinho comete ato de machismo, misoginia e sexismo.

“É um ultraje a mim e as mulheres essa tentativa de desqualificação de uma candidatura do sexo feminino. Não sou e nunca serei uma ‘boneca’. Sou um ser humano, uma mulher de luta, com muito orgulho. Tenho, inclusive, experiência na política, onde já ocupei cargo público. Quero respeito e compostura por parte do candidato. Esses ataques pessoais demonstram como ele não tem condições para ser chefe do Executivo Municipal de Ipiaú”, diz Laryssa Dias.

De acordo com ela, o empoderamento das mulheres, inclusive, através da política, é muito importante para a garantia, ampliação e ocupação de espaços pelo sexo feminino. “Já dizia a ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, quando uma mulher entra na política, muda a mulher. Quando várias mulheres entram na política, muda a política”, disse Laryssa Dias.

 

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Uma pesquisa eleitoral encomendada pela Band/Bahia e divulgada nesta quarta-feira, 28, revela o panorama da corrida pela prefeitura de Ipiaú. O estudo, registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 09166/2024, entrevistou 500 eleitores entre os dias 21 e 23 de agosto. A pesquisa apresenta uma margem de erro de 3,66 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 90%.

No cenário estimulado, onde os eleitores escolhem entre os candidatos apresentados, Laryssa Dias (PP) lidera com 51,6% das intenções de voto, enquanto Alipinho (UB) aparece com 25,6%. Votos em branco representam 9,4%, e 2,4% dos eleitores afirmaram que não votariam em nenhum dos candidatos. Além disso, 11,2% se declararam indecisos.

Considerando apenas os votos válidos, excluindo brancos e nulos, Laryssa Dias atinge 64,02% das intenções de voto, contra 35,98% de Alipinho.

O levantamento aponta para uma liderança sólida de Laryssa Dias, que, se mantida até o dia das eleições, poderá garantir uma vitória com margem expressiva. A disputa em Ipiaú segue competitiva, e as campanhas de ambos os candidatos devem se intensificar nas próximas semanas.

Em decisão proferida recentemente, o juiz eleitoral de Camamu indeferiu o pedido de registro de candidatura de Isravan Lemos Barcelos, conhecido como Dr. Isravan, que pretendia disputar a prefeitura de Maraú nas eleições municipais de 2024. O indeferimento foi fundamentado na condição de inelegibilidade prevista na alínea “g” do inciso I do artigo 1º da Lei Complementar nº 64/1990, a Lei das Inelegibilidades.

O magistrado, ao justificar sua decisão, afirmou: “Ante o exposto, conheço da condição de inelegibilidade presente na alínea g do inciso I do artigo 1º da Lei das Inelegibilidades e, por conseguinte, indefero o pedido de registro de candidatura do Sr. Isravan Lemos Barcelos para concorrer ao cargo de Prefeito nas Eleições Municipais de 2024 no município de Maraú “.

Essa decisão foi impulsionada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ministro Alexandre de Moraes, em julgamento de Mandado de Segurança manejado pelo Pariido Avante , confirmou a vigência da decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que rejeitou contas de Dr. Isravan quando prefeito de Ibirapitanga. As contas foram rejeitadas por irregularidades insanáveis, e resultam em sua inelegibilidade até o ano de 2028.

Alcides Bulhões, um dos advogados da coligação Avante Maraú , responsável pela impugnação da candidatura, considerou a decisão do juiz eleitoral como irreversível. “Com a recente decisão do ministro Alexandre de Moraes, ficou evidente que a inelegibilidade do Dr. Isravan se estende até 2028, tornando inviável qualquer tentativa de recurso. A coligação entende que a lei é clara e que a decisão do TCU é definitiva neste caso”, afirmou Bulhões.

A decisão gerou grande repercussão na política local, com apoiadores de Dr. Isravan demonstrando frustração e insatisfação, enquanto adversários políticos veem a decisão como uma vitória da legalidade e da moralidade na gestão pública.