A carta supostamente escrita pela filha da cantora gospel Sara Mariano, encontrada morta no dia 27 de outubro, foi manipulada. De acordo com o laudo grafotécnico particular, solicitado pela defesa da família de Sarah Mariano no documento entregue pela defesa de Ederlan Mariano, marido da artista e principal suspeito do crime, a menina foi forçada a fazer a carta e, além da criança, outra pessoa também escreveu o texto.
Perícia
No entanto, conforme aponta o laudo da perícia, a carta foi manipulada. De acordo com o perito Jeferson Gonçalves, existem vários aspectos particulares que apontam a manipulação do documento. “O laudo explica cada um desses aspectos, são mais de 12”, afirmou ao BNews.
Ainda segundo o perito, mais de uma grafia e indícios de que a criança teria sido forcada a escrever parte da carta estão entre os aspectos apontados no laudo. “Ela [a menina] foi coagida, fato que fica claro no laudo pericial, da parte que a criança escreve”, informou.
“É possível considerar que a criança foi forçada a escrever a carta”, completou o perito.
Relembre o caso
A cantora gospel Sara Mariano foi vista com vida pela última vez na noite do dia 24 de outubro, ao deixar a casa onde morava com o marido e a filha para supostamente ir a um evento religioso. Sem o retorno da mulher, Ederlan Mariano, marido da artista, registrou um boletim de ocorrência do desaparecimento da vítima.
Três dias depois, no dia 27 de outubro, o corpo de Sara Mariano foi encontrado parcialmente carbonizado, em uma área de mata, às margens da BA-093, no município de Dias D’Ávila, Região Metropolitana de Salvador. Na ocasião, Ederlan chegou a fazer o reconhecimento do corpo de Sara para a Polícia Civil.
Ederlan foi preso ainda na noite do dia 27 de outubro, após supostamente ter confessado o crime. O homem permaneceu custodiado na 25ª Delegacia Territorial (DT) de Dias D’Ávila até ser transferido para o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, no dia 1º de novembro.
Nesta semana, a Polícia Civil da Bahia prendeu mais três suspeitos de envolvimento no crime. São eles: o Bispo Zadoque e o motorista de transporte por aplicativo Gideão Duarte, acusados de participação na logística e execução da vítima, bem como no ato de incendiar o corpo e na tentativa de omitir provas, além de Victor Oliveira, que confessou ter segurado Sara Mariano enquanto o Bispo Zadoque esfaqueava a cantora gospel. (BNews)