Empresa é condenada a pagar 1,2 milhão por morte de Boechat

O Tribunal de Justiça (TJ-SP) condenou, nesta quarta-feira, 15, a empresa Libbs Farmacêutica a pagar uma indenização de R$ 1,2 milhão aos dois filhos do jornalista Ricardo Boechat, morto em um acidente de helicóptero, em 2019, na rodovia Anhanguera, em São Paulo.

Movida por Paula e Rafael Boechat, a ação foi movida por danos morais, em decorrência da falta de segurança no transporte do profissional de imprensa. Segundo o processo, a Libbs Farmacêutica havia contratado Boechat para dar palestra sobre o cenário político do Brasil. O acordo incluía o transporte de ida e volta, mas o helicóptero contratado teve problemas técnicos.

A Libbs negou ter responsabilidade com o transporte do jornalista e atribuiu o acidente à Zum Brasil, contratada para realizar o evento. Por sua vez, a terceirizada teria sido responsável por contratar a RQ Serviços Aéreos Especializados para fazer o transporte aéreo.

Ainda segundo a Libbs, ela teria sido responsável apenas por arcar com os custos do transporte, e não sendo a encarregada pelo transporte em si. No entanto, a tese foi rejeitada pela Justiça.

De acordo com o juiz Dimitrios Zarvos Varellis, a empresa Libbs  “tinha totais condições de acompanhar mais de perto o processo de contratação da transportadora”. A empresa do helicóptero que transportava o jornalista não tinha certificado Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para o transporte de passageiros.

Segundo a Aeronáutica, o acidente, que matou também o comandante Ronaldo Quattrucci, foi por falta de manutenção. A falha no motor foi por falta de lubrificação das peças.