Bahia registra 92 tremores; Itagibá está na lista, o que está por trás dos abalos sísmicos?

Parece impensável, mas em alguns lugares da Bahia, a terra treme. Os tremores são poucas vezes sentidos, normalmente são silenciosos para as percepções humanas. A prova disso, é que até maio de 2024, o estado registrou 92 abalos sísmicos em 23 municípios, segundo balanço do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Mas, o que está por trás desses tremores?

É importante primeiro destacar que não há nenhuma anormalidade nessa condição. Diferente do que muitos acreditam, todos os dias são registrados abalos sísmicos em diferentes cidades e estados do país. A diferença para outras partes do mundo, é que a Bahia está localizada no meio – ou em algumas regiões, no limite – de uma placa tectônica chamada Sul-Americana, isso faz com que os tremores sejam mais fracos.

Conforme balanço feito pelo LabSis da UFRN à pedido do iBahia, em 2024 foram registrados abalos sísmicos de 1,5mR a 3mR de magnitude, nas cidades de:

  • Cansanção
  • Irecê
  • SantaLuz
  • Campo Formoso
  • Litoral da Bahia
  • Iramaia
  • Baixa Grande
  • Itagibá
  • Barrocas
  • Maracás
  • Amargosa
  • Itaberaba
  • Boa Vista do Tupim
  • Curaça
  • Valença
  • Santa Terezinha
  • Aratuípe
  • Lapão
  • Curaçá
  • Pilar
  • Maraçás
  • Jacobina
  • Jaguarari

A maior magnitude foi registrada em Amargosa, no dia 11 de fevereiro; e as menores nas cidades de Jaguarari (12 de janeiro, 2 de fevereiro, 19 de fevereiro), Santaluz (30 de janeiro), Jacobina (18 de fevereiro e 12 de maio), Amargosa (21 de fevereiro). Ainda de acordo com o balanço, a maior quantidade de tremores ocorreu em Jaguarari (22) e em Jacobina (15). Veja infográfico: