Apontado como principal líder da sua região, o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), tem enfrentado dificuldades para manter os seus prefeitos aliados no grupo de ACM Neto (União Brasil), principal líder da oposição no estado. De acordo com informações obtidas pelo Política ao Vivo, o grupo de Cocá descarta a oposição e deve caminhar ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Pelo menos seis dos sete prefeitos da região sinalizam apoio a Jerônimo. Eleito prefeito de Milagres, Marcos Queiroz (PP) não deve ficar com Neto e já deixou claro que vai migrar para a base governista. Atual prefeito do município, Cezar de Adério também já deixou claro que não ficará com Neto.
Binho, prefeito de Lafaiate Coutinho, cidade natal de Cocá, também vai caminhar com o governador e apoiar sua reeleição em 2026. O mesmo movimento será feito pelos gestores de Manoel Vitorino (Vinicius Costa – PP), Lajedo do Tabocal (Marquinhos Sena – PP), Itamari (Doutor Tom – Avante), Aiquara (Valéria – PP) e Jaguaquara (Edione Agostini – PT).
Com o arco formado a favor de Jerônimo, segundo a mesma fonte, e com os resultados das eleições de 2022, quando o petista saiu vitorioso em Lafaiete e Jequié, cidades de Zé Cocá, cai por terra o discurso de principal líder da região. O gestor, portanto, perde força na narrativa de que é um nome essencial, por exemplo, para compor a chapa majoritária de Neto em 2026, uma vez que vão conseguiria agregar os principais prefeitos da região. Seria como a ida de João Leão para o grupo de Neto: saiu sozinho, sem o partido e seus prefeitos.
Zé Cocá tem sido ventilado como candidato a vice de ACM Neto na chapa majoritária de 2026. Outra possibilidade ventilada nos bastidores é de uma candidatura ao governo do estado. Para isso, ele precisará renunciar ai cargo para qual foi reeleito com mais de 90%.