STF decide descriminalizar porte de maconha para uso pessoal

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu, na tarde desta terça-feira (25), a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Os ministros ainda debatem critérios objetivos para diferenciar usuários e traficantes, inclusive quantidade de droga. O julgamento deve ser concluído nesta quarta-feira (26). O julgamento foi iniciado em 2015 e voltou a plenário em agosto de 2023, mas acabou sendo interrompido após pedido de vista do ministro André Mendonça. Depois, voltou a ser suspenso em março de 2024.

 A decisão só passa ter efeitos práticos quando o julgamento for encerrado e o acórdão publicado. O relator Gilmar Mendes pediu a palavra para destacar que a descriminalização da maconha não trata-se de “liberou geral, segundo ele. É sim, conforme destacou, um problema de saúde pública:  — A premissa é de que a droga causa danos e que as pessoas precisam ser tratadas quando são viciadas.

O julgamento havia sido interrompido em março, após pedido de vista do ministro Dias Toffoli, para analisar melhor o caso. Na ocasião, o placar estava em cinco a três pela descriminalizaçãoDias Toffoli votou na sessão de quinta-feira (20). Num primeiro momento ,o voto de Toffoli foi interpretado como uma terceira corrente.

Nesta terça-feira, ele pediu para explicar melhor sua posição. Desculpou-se por não fazer entender e  afirmou que “há seis votos pela descriminalização”. Sendo assim, formou-se maioria pela descriminalização.

Posicionaram-se pela descriminalização os ministros: Gilmar Mendes, Luis Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli, Luiz Fux e Cármen Lúcia

Votaram contra: Cristiano Zanin, André Mendonça e Nunes Marques

Flávio Dino não vota,  pois sucedeu a ministra Rosa Weber (aposentada), que já votou.