Condenada por associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa, além de ser esposa de um dos líderes do Comando Vermelho, Luciane Farias se disse incomodada pelos comentários sobre sua visita ao prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no primeiro semestre do ano.
“As pessoas que não levantam a bandeira para essa pauta [direitos humanos no sistema prisional] me atacam em redes sociais, e isso me afeta mentalmente”, disse Luciane ao portal Uol, nesta sexta-feira, 17″. “Minha filha fica em frente à TV e me defende. Isso tem me abalado”, continua.
Para Luciane, o objetivo da visita envolvia a sua bandeira. “Quero sensibilizar nosso presidente Lula, que já foi preso, a Janja que já visitou [unidades prisionais]. Talvez eles não tenham passado por tantas mazelas, porque o status é diferente. Queria que olhassem para a gente, ativistas de direitos humanos, e criassem protocolos para nos proteger”, afirmou Luciane, que é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA).
“Queria que olhassem para mim como a esposa de uma pessoa que errou, mas não como uma criminosa”, concluiu.