Quadrilha que clonava “zap” de ministros de Lula é alvo da PCDF

Policiais civis do Distrito Federal cumprem oito mandados de busca e apreensão em Recife (PE) e João Pessoa (PB) contra estelionatários que se passavam por seis ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Operação Alto Escalão foi deflagrada por agentes da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Segundo a investigação, a quadrilha enganava as vítimas se passando por autoridades do primeiro escalão do Poder Executivo do país “clonando” perfis de WhatsApp, utilizando suas imagens, nomes e informações colhidas em fontes abertas.

Assim agindo, os autores entravam em contato com diretores e presidentes de órgãos públicos e privados e solicitavam uma ajuda em alguma situação.

Geralmente com o pretexto de ajudar terceiros, os falsos ministros contatavam as vítimas e lhes pediam que realizassem transferências via Pix para alguma pessoa necessitada.

Até o momento, foram identificadas como vítimas do grupo criminoso, entre outras autoridades, os seguintes ministros:

  • Juscelino Filho (Comunicações)
  • Camilo Santana (Educação)
  • Renan Filho (Transportes)
  • Rui Costa (Casa Civil)
  • Luiz Marinho (Trabalho)
  • Carlos Lupi (Previdência Social)

Como funcionava o esquema

Os autores diziam que os ministros não poderiam transferir diretamente, pois não poderiam vincular seu some a tal pessoa, e que depois de feito o pagamento solicitado, eles iriam ressarcir a vítima.

Em um dos casos, se passando por um ministro de Estado, os autores contataram o presidente de uma associação comercial sediada no interior de São Paulo, dizendo que estava com uma demanda na cidade vizinha.

Em seguida disse que uma pessoa ligada a ele faleceu em tal local e que precisa passar alguns recursos financeiros para a família, mas não estava conseguindo efetivar a transação financeira e pedia para que alguém da associação fizesse por ele, prometendo a devolução do valor.

Interessante observar o fato de que os autores tinham conhecimento da agenda das autoridades públicas pelos quais se passavam, pois tal Ministro teria tido um compromisso político naquela mesma região, dias antes, e a associação comercial vítima teria participado do encontro.