O preço da carne continua a diminuir no Brasil. Nos mercados a população comemora: dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC-A), apontam que no acumulado dos últimos seis meses, a inflação das carnes frescas é negativa em 2,89%. Isso quer dizer que a carne está 2,89% mais barata na comparação com o final de 2023.
Os dados foram divulgados este mês de julho, no entanto, uma volta pelos mercados é o suficiente para conferir os valores. Se comparada a maio de 2023, a redução de preço acumulada em 12 meses é ainda maior: -6,48%. No mês de junho deste ano, a queda foi de 0,47% em relação a maio.
Nos mercados, a população espera por uma queda maior, mas aprova a redução . O preço da peça da Picanha está de R$54 a R$80, bem mais barato do que já foi no passado. “Em 2022, por exemplo, acho que estava de R$100 a R$130. Estamos vendo varias carnes abaixando os preços e se tornando mais acessíveis”, comenta o publicitário e “churrasqueiro”, como ele se denomina, Jordan Lopes.
A maminha está custando R$ 37 o quilo na Friboi da Avenida Sete Portas. “Os preços estão melhores e não tem cono negar. Mas que bom, mostra que estamos podendo voltar a comer o que gostamos, nosso churrasquinho do domingo, como bem disse o presidente Lula”, brincou a comerciante Vanusa Alecrim, 33 anos.
Os dados fazem parte do Ipca que cobre as áreas urbanas do país e mede os reflexos da inflação para o orçamento de famílias que têm renda de um a 40 salários mínimos.
De acordo com o IBGE, uma das razões para a queda nos preços das carnes é a oferta. Dados do instituto mostram que foram produzidas 8,91 milhões de toneladas de carne bovina em 2023, 11,2% a mais que em 2022, e 8,6% acima do recorde anterior, obtido em 2019. “A novidade é que o excedente foi direcionado para consumo interno, e não para exportação”, explica o economista Gustavo Assis.