O policial militar João Paulo Freire foi ouvido e liberado pela 3ª Delegacia de Homicídios na segunda-feira (16). O homem é apontado como suspeito de feminicídio pela família de Gleice da Silva Bonfim, jovem de 26 anos que foi encontrada morta no domingo (15). O agente havia se casado com a jovem há cinco dias quando o fato ocorreu. O policial não foi indiciado pelo crime e não é considerado foragido. Segundo a corporação, “não há elementos que o comprometam diretamente”.
A Polícia Civil informou que ouviu dez pessoas, incluindo o companheiro da vítima, o irmão dele e a mãe dos dois. Exames periciais para verificar vestígios de pólvora no companheiro foram solicitados e, até o momento, os laudos de necropsia, que podem esclarecer a causa da morte, ainda não foram concluídos. De acordo com a advogada criminalista Amanda Quaresma, ainda que o policial militar tivesse fugido da Justiça, esta ação, por si só, não configuraria agravamento na pena do homem, caso fosse condenado pelo crime de feminicídio.
Gleice foi encontrada morta com um tiro no abdômen e outro na cabeça dentro de sua própria residência no bairro do Bonfim. De acordo com informações de vizinhos, João Paulo afirmou que iria para um hospital buscar atendimento. No entanto, segundo a família, retornou para pegar alguns pertences e sumiu logo depois. O policial está lotado na 16ª Companhia Independente (CIPM/Comércio).
Nas imagens é possível ver a casa revirada, com itens espalhados pelo chão e marcas do que pode ter sido uma briga.
Nas imagens, é possível ver a casa revirada, com itens espalhados pelo chão e marcas do que pode ter sido uma briga.
Em nota, a Polícia Militar lamentou o ocorrido e se comprometeu a ajudar nas investigações: “A Polícia Militar da Bahia lamenta profundamente a morte registrada e presta solidariedade aos familiares e amigos da vítima neste momento de dor”, declarou a corporação, em nota.