Dados da polícia do Rio Grande do Sul apontam que, desde o início da tragédia climática que matou 155 e afetou 2,3 milhões de gaúchos, 130 prisões foram realizadas por crimes relacionados às enchentes.
Deste total, segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP-RS), 48 prisões foram por crimes patrimoniais, como roubos e furtos de pessoas afetadas pelos temporais; enquanto outras 49 pessoas foram detidas em abrigos. Não há informações sobre os motivos das outras prisões.
Para a Brigada Militar (BM), os saques representaram o pior momento na região, já que os crimes ocorreram no momento em que muitas cidades estavam alagadas e isoladas, impedindo o acesso da polícia em tempo hábil.
A cidade de Eldorado do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi a que teve a situação mais complicada: não era possível chegar pela BR-290, nem pelas águas do Rio Jacuí e do Lago Guaíba, e nem por helicóptero. Até o momento, a BM prendeu oito pessoas na cidade, além de ter recuperado eletrodomésticos e devolvido ao dono de uma revenda 10 tratores que haviam sido furtados.
A Brigada Militar possui um efetivo de 17,8 mil policiais e, para reforçar a segurança, a corporação suspendeu as férias e reduziu os intervalos de escala dos agentes. Com um apoio de 700 soldados de outros estados, a polícia gaúcha consegue colocar em trabalho de 6,5 mil a 7 mil PMs por dia no estado. Além disso, a Brigada Militar está com 70 barcos nas ruas alagadas das cidades do RS.