Polícia Civil frustra plano de ataque a bomba em show de Lady Gaga no Rio

Uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça frustrou um plano de ataque a bomba que teria como alvo o show da cantora Lady Gaga, realizado no último sábado (3), em Copacabana.

A ação, batizada de “Operação Fake Monster”, teve como foco um grupo investigado por incitar crimes violentos e disseminar discursos de ódio, especialmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

De acordo com as investigações, os suspeitos planejavam utilizar explosivos improvisados e coquetéis molotov como parte de um “desafio coletivo” que visava obter repercussão nas redes sociais. O grupo também promovia o recrutamento de adolescentes para participação direta nos atos criminosos.

A operação foi considerada uma resposta a uma ameaça concreta à segurança pública e contou com a atuação de diversas unidades especializadas, incluindo a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), a 19ª DP (Tijuca) e o Ciberlab, laboratório de operações cibernéticas da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

A Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e policiais civis de outros estados também participaram da ação.

Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades distribuídas entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Um dos principais investigados, considerado líder do grupo, foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo.

No Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar pornografia infantil, e em Macaé, outro suspeito foi encontrado com ameaças graves, incluindo a de matar uma criança em transmissão ao vivo.

Segundo as autoridades, o grupo utilizava plataformas digitais para radicalizar jovens, espalhar extremismo e incentivar práticas ilegais, como automutilação, pedofilia e terrorismo.

O conteúdo era compartilhado como forma de “desafio” e busca de aceitação em comunidades online, seguindo padrões já identificados em fóruns extremistas internacionais.