Apesar de ter um filiado entre os ministros do governo federal, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, é um dos principais críticos ao ”Lula 3”, terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República. Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem foi ministro da Casa Civil, o cacique garante que se dependesse dele o Progressistas estaria longe da administração petista.
”Eu faço oposição ao governo e não ao Brasil. O governo tem sido um desastre até agora, se dependesse de mim não estaríamos com nenhum membro do nosso partido compondo o governo”, comentou o senador em entrevista exclusiva ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (12).
O parlamentar marcou presença na 18ª edição da Bahia Farm Show, maior feira de tecnologia agrícola e negócios do Norte e Nordeste do Brasil. O evento é realizado no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste do Estado.
Na avaliação de Nogueira, o PP é um ”partido de oposição” e ocupa esse posto em função da escolha do eleitorado na última eleição em 2022. “Esse é um governo que só tem atrapalhado o Brasil, tem procurado cada dia que passa ou cria despesa ou cria impostos para pagar essas despesas e nós não vamos mais permitir isso”. ”Eu reuni a bancada agora, fizemos o governo devolver essa Medida Provisória que prejudicava principalmente o agronegócio brasileiro e continuaremos vigilantes, impedindo que este governo atrapalhe o país”, disse.
Trazendo para a realidade local, após romper com o PT em 2022 para apoiar a candidatura de ACM Neto (União) ao governo da Bahia, o PP ensaia o retorno ao ninho petista há algum tempo. Na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), por exemplo, a legenda é uma das forças que integra a base de Jerônimo Rodrigues (PT) na Casa.
Questionado pela reportagem sobre o cenário baiano, o senador Ciro Nogueira evitou alongar o assunto ao afirmar que cada diretório tem a sua autonomia e reforçou o tom crítico ao PT. Ele também garantiu que em 2026, a nível nacional, PP e PT não estarão do mesmo lado e não devem marchar juntos.
”Se depender dos Progressistas nós queremos distância do Partido dos Trabalhadores. Uma coisa eu posso garantir: em 2026, nacionalmente o PP estará na oposição ao PT, em hipótese alguma estaremos com eles”, finalizou. Com informações do Bahia Notícias