Uma academia de alto padrão em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, foi flagrada realizando uma ligação clandestina de energia que seria suficiente para abastecer cerca de 1.200 residências por 15 dias. A operação, realizada pela Polícia Civil com apoio da Neoenergia Coelba na última quarta-feira (3), resultou na recuperação estimada de aproximadamente 70 mil quilowatts-hora de energia.
A fraude foi descoberta após profissionais da distribuidora identificarem uma disparidade no consumo de energia da academia. “Possuímos tecnologias que analisam as cargas dos nossos consumidores e nos alertam sobre possíveis fraudes. No caso da academia, identificamos um consumo abaixo do esperado para o tipo de atividade, o que motivou a operação para confirmar a irregularidade”, explicou Ricardo Bastos, supervisor de Gestão Operacional da Neoenergia Coelba.
Durante a operação, os técnicos da Neoenergia Coelba constataram que a academia estava conectada diretamente à rede da distribuidora, caracterizando a ligação clandestina. Embora o proprietário não estivesse presente no momento da ação, ele poderá enfrentar um inquérito policial e será multado pelo valor da energia subtraída. A operação contou com a participação de seis técnicos da distribuidora, três agentes e um perito da Polícia Civil, além de equipes da segurança corporativa da Neoenergia Coelba.
Adriano Bastos, gerente de Operações da Neoenergia Coelba, ressaltou que as equipes da distribuidora são treinadas para identificar possíveis fraudes durante suas atividades diárias em toda a Bahia. Ele enfatizou que as ligações clandestinas causam prejuízos significativos à população e que a Neoenergia Coelba está empenhada em combater essa prática de forma rigorosa.
Além dos impactos econômicos, o furto de energia representa um risco à segurança das pessoas envolvidas e da comunidade em geral. Também pode comprometer o fornecimento de energia na região, levando a problemas graves na rede elétrica e interrupções no abastecimento. O furto de energia é classificado como crime pelo Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão.