O ex-ministro de Minas e Energia do governo Jair Bolsonaro (PL), Bento Albuquerque, será intimado pela Receita Federal para explicar a entrada ilegal de um segundo pacote de joias destinado à Presidência da República.
Segundo informações de O Globo, o pacote, contendo um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um escapulário, todos da marca suíça Chopard, entrou no Brasil em outubro de 2021, na bagagem do então ministro, sem ser declarado. O material chegou ao acervo da Presidência no dia 29 de novembro de 2022, mais de um ano depois.
Agora, a Receita Federal busca o domicílio fiscal de Bento Albuquerque para intimá-lo. Ele pode ser multado por ter entrado no país sem declarar os bens, enviados como presente pelo governo da Arábia Saudita para Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, que ainda não foram avaliados.
As duas encomendas foram trazidas fechadas da Arábia Saudita. Uma estava com Marcos Soeiro, militar assessor de Albuquerque, e a outra com o próprio ex-ministro. O primeiro pacote, contendo um conjunto de joias e relógio avaliados em R$ 16,5 milhões, foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, 7, o órgão fiscal informou que a entrada de um segundo pacote no país configuraria a violação da legislação aduaneira também pelo outro viajante, por falta de declaração e recolhimento dos tributos.
“Diante dos fatos, a Receita Federal tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para a esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem”, informou.