O governo federal decidiu conceder um reajuste adicional no salário mínimo em 2023 e irá elevar o piso nacional a partir de 1º de maio. De acordo com a Folha, o aumento dos atuais R$ 1.302 para R$ 1.320 já está alinhado entre Lula e ministros do governo. O último reajuste do piso nacional passou a valer no dia 1º de janeiro.
A possibilidade do aumento adicional já havia sido admitida pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta semana. Em entrevista ao programa Brasil em Pauta, ele afirmou que a mudança seria anunciada após a “busca de espaço fiscal”.
O aumento extra estava em discussão desde o período da transição e é uma exigência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca conceder um reajuste maior do que o originalmente proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O atual valor do salário mínimo teve reajuste real de 1,4%.
A equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preferia manter o salário mínimo inalterado em 2023, para evitar maior impacto sobre as contas. O argumento utilizado foi de que o salário atual já representa um aumento real em relação ao ano passado.
O custo máximo da medida foi calculado inicialmente em R$ 5,6 bilhões, no entanto, de acordo com técnicos, o impacto pode ficar ainda menor após a revisão das principais rubricas do Orçamento de 2023. O custo adicional precisará ser acomodado dentro do teto de gastos, que limita o avanço das despesas à inflação.
A retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo é uma das prioridades do governo. “Veja, se esta política não tivesse sido interrompida a partir do golpe contra a presidenta Dilma e o governo tenebroso do Temer e do Bolsonaro, o salário mínimo hoje estaria valendo R$1.396. Veja só: de R$1.302 para R$1.396 é o que estaria valendo o salário mínimo hoje. Portanto, foi uma política que deu muito certo”, destacou Marinho.