O Brasil subiu duas posições no índice Out of the Shadows (Fora das Sombras), ranking que avalia o enfrentamento à exploração e ao abuso sexual de crianças e adolescentes em 60 países, incluindo América Latina e Caribe. Na primeira edição do estudo, publicado em 2018, o Brasil ficou em 13º lugar, e, passados cinco anos, o país subiu para a 11ª posição.

De acordo com a organização Childhood Brasil, responsável pela versão nacional do estudo, nesses 60 países estudados vivem aproximadamente 85% da população global das crianças, por isso a escolha dessas nações. Estima-se que todos os anos 400 milhões de crianças e adolescentes sejam vítimas de violência sexual em todo o mundo.

Na América Latina, o Brasil encabeça a lista de nações que melhor respondem aos crimes cometidos contra essa parcela da população. Segundo o levantamento, o índice é subdividido em duas grandes categorias: a categoria de “resposta” dos serviços de apoio às vítimas e os processos judiciais; e a “prevenção”, que considera leis de proteção e políticas que coíbam esse tipo de violência.

O estudo mostrou que os países latino-americanos se posicionaram acima da média global, especialmente no quesito “resposta”. O Brasil foi avaliado com 100% de aprovação em subcategorias como engajamento da sociedade civil e capacidade do sistema judicial.

Entretanto, o desempenho foi muito ruim nos itens reabilitação de agressores sexuais e ações contra potenciais abusadores. No que diz respeito às medidas de prevenção da violência sexual, o Brasil ficou atrás de países como Turquia, Ruanda e Vietnã. “No campo da prevenção nós temos muito a aprender com outros países. Alguns, inclusive, tem renda per capta menor [que o Brasil]. Mas nos chama a atenção, em especial, a legislação protetiva desses países”, afirma a diretora-geral da Childhood Brasil, Laís Peretto.

A ONG conclui o estudo afirmando que existe “uma epidemia global, que não está atrelada ao status econômico de uma sociedade”. A entidade defende a implantação de um programa nacional de prevenção à violência sexual contra crianças e adolescentes, “que opere sobre as desigualdades econômicas, as inequidades étnico-raciais e de gênero”, além de adotar ações para uma educação efetiva no campo da saúde sexual.

O número de casamentos homoafetivos cresceu cerca de seis vezes em 10 anos de permissão na Bahia. A informação foi divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Bahia).

Segundo o órgão, em média, são realizadas 241 uniões por ano no estado. Desse total, 51,4% são entre casais femininos e 48,6% entre casais masculinos. Até abril de 2023, a Bahia contabilizou 2.582 casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Em 2013, primeiro ano de vigência da autorização nacional foram 99 celebrações, no ano seguinte, 134, , 117 em 2015, 167 em 2016, 140 em 2017 e 288 em 2018.

Em 2019 o número saltou para 325 celebrações, enquanto 2020, o primeiro ano da pandemia, teve uma queda para 191 cerimônias. Em 2021 os matrimônios voltaram a crescer, com 303 atos, atingindo o recorde em 2022, com 648, um aumento de 113% em relação ao ano anterior.

Os números constam da Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), base de dados nacional de nascimentos, casamentos e óbitos administrada pela Arpen-Brasil. A entidade reúne os 7.757 Cartórios de Registro Civil do país e são contabilizados desde quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou a Resolução nº 175 e padronizou a atuação das unidades registrais no país.

Uma mulher do Espírito Santo, Quezia Romualdo, de 29 anos, teve uma surpresa dois dias antes do Dia das Mães deste ano. Durante a primeira ultrassom de sua segunda gestação, ela descobriu estar grávida de seis bebês, uma gravidez de sêxtuplos.

“Foi um grande susto. Quando a médica começou a fazer o exame, eu vi dois bebês. Mas aí a médica começou a falar: ‘peraí que eu tô vendo mais um aqui, e tem outro, e mais um’. Eu comecei a ficar nervosa, tremendo. Só conseguia pensar: ‘tá de brincadeira né?'”, contou Quezia.

Ao g1, ela contou que o marido, Magdiel Costa, de 31 anos, chegou a passar mal com a notícia.

“Quando começou o exame, eu já tinha visto uns três ali. Mas aí a médica falou: ‘calma que tem mais’. Aí ela começou a contar: 1, 2, 3, 4, 5, 6. Na hora que ela falou seis eu até passei um pouco mal. Saí da sala, depois voltei e perguntei se ela tinha certeza. Depois a médica colocou pra gente ouvir todos os 6 coraçõeszinhos, um por um”, relatou Magdiel.

O casal, que já tem uma filha de quatro anos, se surpreendeu tanto com a notícia que a futura mamãe de sêxtuplos chegou a cogitar sair correndo da sala da médica.

“Eu queria ir embora dali. Passou muita coisa na minha cabeça. Foi um turbilhão de emoções, um baque muito grande. Eu fui lá pra ver só um bebê e descobri 6. A minha vida mudou radicalmente depois disso”, comentou a mãe.

Ela explicou que os dois já estavam tentando uma nova gravidez há oito meses, e descobriram a gestação no final de abril.

“Foi tudo natural. A gente já estava tentando há uns oito meses. Eu descobri a minha gravidez no final de abril. Fiz vários testes, até no laboratório. Até então, eu estava tranquila. Mas depois de saber dos 6 bebês, foi um susto muito grande”, comentou Quezia.

Agora, o casal que está junto há dois anos começou a reorganizar a vida para a chegada dos novos filhos. O caso criou um perfil nas redes sociais para contar a rotina da gestação, além de estar recebendo o apoio da família e dos amigos.

“Minha vida tá uma loucura. Minha casa só tem dois quartos, a gente já tava arrumando pra fazer uma cama nova. Mas agora eu vou ter que mexer nela, fazer um quarto grande para colocar os seis bebês. A gente vai ter que trocar de carro também, comprar uma mini van, porque agora vão ser nove pessoas, né?”, disse Quezia.

Apesar de ainda estar no começo da gravidez, Quezia vai precisar de acompanhamento, já que, cada passo precisa estar sob a supervisão dos médicos para garantir a segurança das crianças no parto, que deve ser prematuro.

“Foi uma gravidez natural mesmo. Mas toda gravidez múltipla é uma gravidez de risco. Possivelmente eles devem nascer prematuros”, finalizou a radiologista.