A onda de ataque influenciadores digitais tem crescido de forma significativa, principalmente na Bahia
Foi sepultado no fim da tarde do último domingo (2), em Eunápolis, João Pedro Silva de Oliveira, um jovem de 19 anos, que estava hospitalizado desde a noite de 25 de junho, após ter sido torturado. Ele é a terceira vítima do crime e não conseguiu sobreviver aos ferimentos, vindo a óbito no sábado (1).
Na noite de São João, João Pedro e outras quatro pessoas foram sequestradas e torturadas por membros de uma facção criminosa, enquanto comemoravam em uma casa no bairro Itapuã, região marcada pelo confronto entre duas facções criminosas em disputa territorial.
Além dele, o piscineiro Lucimar Santos Sena, de 31 anos, e seu primo, ajudante de pedreiro, Carlos Eduardo Pereira dos Santos, de 19 anos, foram assassinados e tiveram seus corpos enterrados em uma área de mata nos arredores do Parque da Renovação.
O influenciador e uma mulher foram libertados pelos criminosos na madrugada, porém, ambos ficaram gravemente feridos.
O velório do jovem ocorreu neste domingo, na residência da sua família. Amigos e parentes procuram entender o motivo do crime.
Segundo informações da polícia, nenhuma das vítimas tinha envolvimento o crime e foram mortas após serem confundidas e identificadas como rivais.
João Pedro era conhecido por suas habilidades em criar miniaturas de carros, caminhões e outros veículos. Ele costumava vender suas obras de arte às margens da BR-101 e também mantinha uma conta em uma rede social, onde contava com quase 13 mil seguidores.
A página “Grupo Unidos Pelas Miniaturas” prestou uma mensagem de luto pela perda de um de seus membros notáveis.
Após a descoberta dos corpos de Lucimar e Carlos Eduardo, a polícia prendeu alguns dos indivíduos diretamente envolvidos no crime brutal. Foram detidos em flagrante Bruno dos Santos Reis, de 22 anos, e Wanderlei Santos Ramos, de 20 anos, além de um adolescente de 16 anos que foi apreendido.
O delegado Moisés Damasceno explicou que os assassinos receberam autorização de detentos do Conjunto Penal de Eunápolis para executar Carlos Eduardo. Lucimar, por sua vez, faleceu devido a espancamento, possivelmente causando uma hemorragia interna. (BN)