Nos últimos 12 anos, a população brasileira envelheceu mais rapidamente que nas décadas passadas. É o que revela os novos dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (27), que retratam ainda um país mais feminino.
Entre os anos de 2010 e 2022, a população de mulheres cresceu 7,4% e pela primeira vez ultrapassou a marca de 100 milhões, com 104,55 milhões de pessoas (104.548.325). Isso significa 51,5% do total de habitantes do país. Em 2010, elas respondiam por 51% da população.
O número de homens, por sua vez, avançou 5,5%, para 98,53 milhões (98.532.431), ritmo menor que o das mulheres. Com isso, eles são agora 48,5% da população, ante 49% em 2010. Existem cerca de seis milhões de mulheres a mais que homens no Brasil.
Já a idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Em 2010, a cada 30,7 idosos, o país tinha 100 jovens de até 14 anos. Agora, são 55 idosos para cada 100 jovens.
Bahia
A Bahia é o estado brasileiro com o maior número de centenários, abrigando 5.336 pessoas com 100 anos ou mais. Os números mantêm uma tendência que existia desde o último levantamento, quando o estado já tinha atingido o feito, com 3.335 moradores de 100 anos ou mais. O aumento entre as pesquisas foi de 60%.
Com esses índices, o estado detém a maior proporção de idosos em relação à população geral: 0,04%. O segundo colocado no ranking é São Paulo, que tem 0,01%, com 5.095 idosos. De 2010 a 2022, Salvador teve o segundo maior aumento no índice de envelhecimento entre as cidades brasileiras. Agora, o índice mais que dobrou, atingindo 66 idosos por 100 crianças.