O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental sem precedentes, com reflexos diretos no mercado de trabalho e nas empresas. Dados do Ministério da Previdência Social, obtidos pelo g1, revelam que, em 2024, foram concedidas 472.328 licenças médicas devido a transtornos mentais, um aumento de 68% em relação ao ano anterior.

Especialistas atribuem esse crescimento ao impacto da pandemia, à pressão do mercado de trabalho e a outros fatores que afetam o bem-estar psicológico dos trabalhadores. Diante da situação alarmante, o governo federal endureceu as regras e passou a fiscalizar com mais rigor a saúde mental no ambiente profissional, por meio da atualização da Norma Regulamentadora NR-1, do Ministério do Trabalho. Empresas que descumprirem as diretrizes poderão ser multadas.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não divulgou o total investido em assistência à saúde mental, mas informou que os trabalhadores afastados ficaram, em média, três meses sem atuar, recebendo cerca de R$ 1,9 mil por mês. Com base nesses valores, estima-se que o impacto financeiro dos afastamentos possa ter chegado a quase R$ 3 bilhões em 2024.

A prática regular de exercícios físicos pode minimizar os impactos do envelhecimento, segundo um estudo da Universidade Estadual do Paraná. A pesquisa avaliou mulheres entre 50 e 70 anos que participaram de um programa de atividades físicas e constatou benefícios como redução da gordura corporal, queda na pressão arterial e melhoria na qualidade de vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana para prevenir doenças crônicas, melhorar a saúde cardiovascular, manter a densidade óssea e fortalecer os músculos. Para as mulheres, essa prática também ajuda a amenizar os efeitos da menopausa, como alterações no metabolismo, perda de massa muscular e aumento do risco de osteoporose.

“O exercício físico é um aliado poderoso para as mulheres enfrentarem o envelhecimento de forma mais saudável e ativa. Além dos benefícios para o corpo, ele também contribui para a saúde mental, reduzindo os níveis de estresse e promovendo bem-estar”, explica Luiz Evandro, diretor técnico da Rede Alpha Fitness.

Ele destaca ainda a importância do acompanhamento profissional para garantir segurança e eficiência nos treinos. “Cuidar do corpo por meio da atividade física é um investimento na longevidade e na qualidade de vida”, conclui.

Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelou que 91,8% das agressões contra mulheres nos últimos 12 meses ocorreram na presença de terceiros. A pesquisa mostrou que mais de 21 milhões de mulheres, 37,5% da população feminina, sofreram algum tipo de violência. Em grande parte dos casos, os agressores estavam acompanhados de amigos, familiares ou filhos, evidenciando a naturalização da violência no círculo íntimo.

O estudo também destaca o impacto das agressões nas crianças que testemunham esses episódios. A convivência com violência doméstica está associada a distúrbios emocionais e pode perpetuar a violência de geração em geração, com crianças afetadas possivelmente se tornando vítimas ou agressores no futuro. Samira Bueno, diretora do Fórum, alerta para a importância de conscientizar o entorno da mulher e reforçar a necessidade de reações frente à violência.

Com 10,7% das mulheres relatando abuso sexual nos últimos 12 meses, a pesquisa também aponta que o Brasil continua sendo um dos países mais violentos para as mulheres. As autoridades e a sociedade ainda não têm sido eficazes o suficiente para frear essa epidemia de violência, que afeta milhões de mulheres em seu próprio lar.

A Justiça de São Paulo condenou o pastor Danilo Santana Santos, da Assembleia de Deus, por discriminação e preconceito religioso. De acordo com a acusação do Ministério Público, em fevereiro de 2024, o pastor foi chamado para “desfazer” uma oferenda que havia sido deixada próximo à casa de fiéis de sua igreja, em Mauá, no ABC paulista.

Segundo a Promotoria, ao se deparar com a oferenda, o pastor utilizou expressões de intolerância religiosa e discurso de ódio, referindo-se ao ato como “obra do Diabo”, “imundice”, “sujeira do inferno”, “mal” e “desgraça”. O episódio foi gravado e motivou uma denúncia ao Disque 100, serviço do governo federal que recebe reclamações sobre violações de direitos humanos.

O autor da denúncia afirmou à polícia que “a intolerância religiosa gera preconceito e malefícios para a sociedade”. Já o pastor se defendeu no processo alegando que apenas orou sobre os objetos deixados na via pública, exercendo seu “direito à liberdade de crença religiosa”. Ele afirmou ainda que, em nenhum momento, ofendeu qualquer pessoa ou proferiu palavras pejorativas ou preconceituosas contra outras religiões, pois sua única intenção era afastar qualquer possibilidade de que a oferenda fosse destinada a causar mal a alguém. No processo, o pastor também declarou que “a liberdade de expressão é um direito fundamental assegurado pela Constituição”.

O juiz Paulo Campanella, no entanto, concluiu que o réu não se limitou a manifestar sua crença, mas sim “vilipendiou” um símbolo religioso da Umbanda, no caso, o alguidar, recipiente de barro utilizado para oferendas. Para o magistrado, o pastor ultrapassou os limites da liberdade religiosa e proferiu ofensas à outra religião ao se referir à oferenda como “lixo”, “sujeira do inferno”, “desgraça”, “obra do Diabo” e “imundice”.

O juiz ressaltou que o simples descarte de uma oferenda religiosa deixada na rua não configura crime, mas que a manifestação de desrespeito, desprezo e humilhação à religião de outrem constitui um ato discriminatório. Como consequência, o pastor foi condenado a um ano de reclusão em regime aberto, pena que foi substituída pela prestação de serviços comunitários pelo mesmo período. O pastor ainda pode recorrer da decisão.