Entre janeiro e abril de 2025, ao menos 3.764 crianças foram registradas na Bahia sem o nome do pai. Desse total, 756 registros, o equivalente a 20%, ocorreram em Salvador, segundo levantamento da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Brasil (Arpen Brasil).
A ausência do reconhecimento paterno pode representar obstáculos legais importantes, como a impossibilidade de reivindicar pensão alimentícia, benefícios sociais ou herança. Além disso, especialistas destacam os impactos emocionais e comportamentais que essa lacuna pode gerar no desenvolvimento das crianças.
A situação também sobrecarrega as famílias chefiadas por mães solo, que assumem integralmente as responsabilidades financeiras e afetivas da criação dos filhos.