O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se pronunciou abertamente, pela primeira vez, sobre a inelegibilidade do adversário Jair Bolsonaro (PL), imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ao falar com jornalistas durante a visita que fez ao treino da Seleção Feminina de Futebol, no Mané Garrincha, em Brasília (DF), neste sábado (1), o petista assegurou: a decisão dos ministros da Corte Eleitoral de excluir Bolsonaro das eleições até 2030 “não mexe com a tranquilidade do governo”.
“É um problema da Justiça. Não é problema meu. Ele [Bolsonaro] sabe o que ele fez. Se ele acertou, ele será recompensado. Se ele errou, ele será julgado e será punido pelo erro que cometeu. Isso é um problema da Justiça que não mexe com a tranquilidade do governo”, ressaltou o presidente.
Lula só havia se manifestado sobre o episódio indiretamente. Após apresentação do voto do ministro do TSE Benedito Gonçalves, relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que deixou Bolsonaro inelegível por 8 anos, o petista declarou, nas redes sociais, que o “nosso país mudou”.
Nessa sexta-feira (30/6), o TSE tornou Bolsonaro inelegível. O ex-presidente foi condenado, com o placar de 5 a 2, pelos ataques que fez ao sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores, em julho de 2022. O tribunal entendeu que houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Com a decisão, o líder da extrema-direita brasileira da República está impedido de concorrer a qualquer cargo eletivo por oito anos, a contar de 2022.