‘Jogo do tigrinho’ mira todas às classes sociais e vítimas relatam prejuízo de até R$ 200 mil, aponta delegado

O cassino online conhecido como “jogo do tigrinho” não escolhe idade, classe social ou endereço de suas vítimas. A afirmação é de um dos delegados responsáveis por investigações relativas ao jogo no estado de São Paulo.

A apuração comandada pelo Deic (Departamento de Investigações Criminais) da Polícia Civil já encontrou idosos, jovens, pobres e ricos entre os lesados pela organização criminosa por trás do caça-níquel.

O jogo funciona assim: o jogador faz uma aposta e aciona a roleta em busca de uma sequência de figuras repetidas para obter valores em dinheiro. A polícia afirma que trata-se de jogo de azar, uma vez que o ganho depende exclusivamente de uma suposta sorte do apostador.

Cerca de 500 boletins de ocorrência já foram registrados no estado com menção ao jogo desde o ano passado, mas a polícia diz acreditar que o número de vítimas seja maior.

Entre os alvos da Polícia Civil estão influenciadores digitais com milhares de seguidores, que usam da fama para atrair potenciais vítimas.Alguns influenciadores contratados pelas plataformas já foram ouvidos pela polícia e alguns chegaram a ter o celular apreendido e enviado para perícia, afirma o delegado. O objetivo é extrair informações que possam auxiliar a investigação a localizar os golpistas. Outros influenciadores tiveram seus perfis suspensos nas redes sociais, por determinação judicial. O delegado afirma que os golpistas são pessoas envolvidas com jogos de azar e que ainda não é possível dizer se facções criminosas estariam envolvidas.