A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi palco de mais uma briga ontem. O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu que um policial revistasse e empurrou um cidadão na sala do colegiado após ele dizer “viva a maconha”. Na mesma sessão, o deputado Hélio Lopes (PL-RJ) foi chamado de “capitão do mato”. O primeiro episódio aconteceu com Gilvan. “Quem falou ‘viva a maconha’?”, questionou o parlamentar ao ouvir a fala. Ele partiu em direção ao homem que estava acompanhando a sessão. “O senhor está com maconha aqui? Policial, eu quero revista nesse cara aqui. Se estiver portando maconha aqui, você vai tomar voz de prisão.”
Neste momento, o espectador tocou na bandeira do Brasil que Gilvan costuma carregar no ombro. “Você encostou em mim, cara?”, esbravejou Gilvan, que então deu um leve empurrão no homem contra a parede.
O cidadão falou “viva a maconha” após Delegado Éder Mauro (PL-PA) criticar a presença de membros da União Nacional dos Estudantes (UNE), relacionando-os ao ativismo em favor da droga. O espectador foi conduzido ao Departamento de Polícia Legislativa (DEPOL), onde prestou queixa e foi registrada ata do incidente. Ele foi liberado poucos minutos depois.
Esse não foi o único caso na sessão da tarde de ontem. Enquanto Hélio Lopes, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursava em obstrução a um projeto de lei que visa reconhecer e titular terras de comunidades quilombolas, alguém gritou “capitão do mato” no auditório.
Fonte: Agência Estado