Um empresário virou réu acusado após obrigar a ex-secretária a assinar um “contrato de escravidão”. Dentro do documento, uma das diretrizes era para que praticasse o abuso sexual. Christian Lanng é cofundador de uma empresa de tecnologia de São Francisco.
Para a vítima, o processo pode ser descrito como “anos de horror sexual indesejado”. A princípio, o acordo forçado ocorreu poucos meses após a contratação da mulher como assistente executiva do homem.
No começo deste ano, a empresa Tradeshift desligou Lanng do cargo de CEO por “má conduta grave por vários motivos”. Situações de “sérias alegações de agressão e assédio sexual”. Já a ex-assistente foi demitida em 2020 quando denunciou o superior e confessou sobre o “contrato de escravidão” de nove páginas.
As páginas apontavam que ela precisaria “estar sempre sexualmente disponível para seu mestre quando ele precisasse de sexo e nunca lhe recusar sexo, mesmo quando não estivesse usando a coleira [diurna]”.
Junto a isso, a mulher também tinha que demonstrar bom humor e não exibir frustração com a prática de violência. Em caso de não cumprimento das atividades, ela seria espancada “com uma bengala”.
Ela também era obrigada a manter o peso de 58 a 70 kgs, mas o empresário tinha como prática bater na vítima até o corpo dela sangrar. Por outro lado, Lanng negou as acusações em um depoimento ao jornal The New York Post, e afirmou que teve um relacionamento sexual “consensual”.