O preço do café moído disparou em 81% em um ano na Região Metropolitana de Salvador (RMS), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira, 11. O aumento é maior que a média nacional, que registrou 77,78% no acumulado de 12 meses.
Não é só no Brasil que o preço do produto cresce exorbitantemente. No mundo, o valor, que já está caro, deve aumentar ainda mais nos próximos quatro anos, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entidade da Organização das Nações Unidas (ONU), em um relatório publicado em fevereiro.
Somente em 2024, o preço do café subiu 38,8% na comparação com a média do ano anterior, e é possível que a alta permaneça durante os próximos quatro anos. Segundo o relatório, apesar de o encarecimento levar cerca de um ano para chegar aos consumidores ao redor do mundo.
De acordo com a FAO, cerca de 80% desses aumentos de preços serão repassados aos consumidores ao longo de 11 meses na União Europeia, enquanto nos Estados Unidos 80% dos aumentos serão repassados ao longo de 8 meses.
O preço do ovo de galinha, o tomate e o café tiveram altas consideráveis nos últimos meses, inclusive no mês de março, ainda de acordo com o IBGE. Apesar de ter uma queda em março, o ovo, um dos principais itens da cesta básica, teve aumento de 12,05% na RMS. Em fevereiro, o item subiu quase 18% em apenas um mês, e foi 7,38p.p menor que a prévia de março, divulgada pelo IBGE.
Em 12 meses, o ovo de galinha aumentou 26,89%
Há um tempo, a alta de preços do ovo tem levantado alerta e sendo explicada como reflexo de um desequilíbrio entre a alta demanda e a baixa oferta no mercado interno. De acordo com especialistas, o ovo costuma encarecer em momentos de alta nos preços das carnes, quando os consumidores optam por uma proteína mais barata.