‘É natural’, diz Jerônimo sobre vaias no 2 de Julho

Em conversa com a imprensa, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou a respeito das vaias que recebeu durante o desfile de terça-feira (2), que celebrou a Independência do Brasil na Bahia. Este ano, o evento contou com a presença de diversas figuras públicas, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT.

Questionado sobre o assunto por jornalistas, o chefe do Executivo baiano observou que, em anos eleitorais, as manifestações políticas se intensificam, bem como os posicionamentos de diversas comunidades sociais, como professores e catadores, entre outros.

“É natural. Quando o Dois de julho coincide com um ano eleitoral, acabam as torcidas partidárias se evidenciando, como foi”, minimizou Jerônimo Rodrigues. Durante a coletiva, ele estava ao lado do vice-governador Geraldo Júnior, pré-candidato à Prefeitura de Salvador pelo MDB. O emedebista também presenciou as vaias durante o cortejo.

À imprensa, Jerônimo aproveitou a oportunidade para agradecer a presença do atual presidente da República na comitiva desde o início da semana, destacando, segundo ele, a “recepção calorosa” que Lula recebeu do povo baiano.

“O carinho que o presidente Lula recebe da Bahia dá um ‘banho’ de povo nele. Aquilo é bom para o político. E o povo também gosta. Se nós políticos gostamos quando um presidente com o caráter do presidente Lula vem e anima a gente, o povo também gosta. Eu tenho certeza que ele saiu muito animado”, contou Jerônimo.

Recorrente – Vale lembrar que, recentemente, Jerônimo também havia sido vaiado após interromper o show do cantor Flávio José no São João de Amargosa, município localizado no Recôncavo baiano.

Além do petista, o prefeito do município, Júlio Pinheiro (PT), e o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, acompanhavam a apresentação do sanfoneiro do palco. Após Flávio José fazer uma breve saudação aos políticos, o público vaiou Jerônimo, que ainda fez corações e acenou para os foliões.

Diante disso, o ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) indagou nas redes sociais: “Com este péssimo desempenho à frente do governo, será que Jerônimo acreditava que seria aplaudido em Amargosa ou em qualquer outra cidade da Bahia?”. Na época, Jerônimo também minimizou o episódio ao dizer que o ato foi provocado por “meia dúzia de pessoas”.