O deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP) afirmou que as pessoas “colocam suposições que não existem” sobre a morte da sua assessora parlamentar e ativista política Karol Eller. A influenciadora morreu na última semana.
O que aconteceu:
Em um vídeo publicado ontem no Instagram, o político disse que pessoas que não tinham convivência com Karol estão supondo diversas narrativas, inclusive “narrativas esquerdistas”, sobre a motivação da morte. “As pessoas ficam colocando narrativas, uma série de suposições que não existem”, afirmou.
Na ocasião, ela atribuiu sua decisão à chamada “cura gay”, tratamento controverso defendido por algumas instituições religiosas e grupos de apoio que afirmam que têm o direito de ajudar pessoas a mudarem sua orientação sexual. O Conselho Federal de Psicologia proíbe terapias de reversão sexual em pessoas LGBTQIA+, sob o argumento de que não é possível curar uma doença que não existe.
Sobre o tema, Mansur disse que Karol realmente “gostava de mulher”, porém a morte dela “jamais” teria relação com a sua orientação sexual. O falecimento da assessora ocorreu em razão de “várias outras coisas que vai desencadeando outras”, disse o político, sem dar mais detalhes. “Não tem nada a ver” relacionar a morte com o fato de a Karol gostar de mulher e a conversão religiosa, completou.
Ela era muito de atitude. Todo mundo que tá aí conhece a Karol Eller. Se ela chegasse amanhã e dissesse ‘gosto de mulher e vou continuar sendo evangélica’. Todo mundo e o pastor ia aceitar. Está tudo bem. O pastor falou: ‘A gente quer você do jeito que você é’. As decisões vieram dela. Não foi a igreja que falou: ‘Pra você frequentar aqui, você vai ter que gostar de homem’. Não. Foi ela quem quis.Paulo Mansur (PL-SP), deputado estadual
O político ainda desabafou afirmando que chegou a se culpar pela morte da assessora, pensando no que poderia fazer diferente para evitar o episódio. Ele ainda explicou que foi informado do caso apenas quando a Karol já havia morrido e comentou que pretende fazer alguma iniciativa para ajudar pessoas com depressão.