Cid Moreira, icônico apresentador, jornalista e locutor, morreu na manhã desta quinta-feira, 3. Ele estava internado em um hospital em Petrópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro, para tratar pneumonia. Segundo a unidade hospitalar, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos e não resistiu.
Segundo Fátima Sampaio, esposa do apresentador, Cid Moreira enfrentava dificuldade com o funcionamento dos rins desde 2022 e, por isso, recorria com frequência a sessões de diálise. Para facilitar o tratamento, o jornalista se mudou para as proximidades do hospital. Em determinado momento, esse procedimento começou a ser realizado em sua casa com auxílio da família e da equipe médica.
Detentor de voz singular, Cid Moreira foi pioneiro na TV, ele foi o primeiro jornalista a apresentar o Jornal Nacional e, conforme o site Memória da Globo, esteve na bancada por cerca de 8 mil vezes. Sua estreia no noticiário ocorreu em 1969, ao lado de Hilton Gomes, com quem compartilhou a bancada por dois anos. O parceiro mais lembrado de Cid foi Sérgio Chapelin, com quem trabalhou por mais de dez anos.
O icônico apresentador apenas deixou seu posto na Globo em 1996, quando a emissora passou por uma reformulação e ele foi substituído por William Bonner e Lilian Witte Fibe. Ainda nos anos de 1990, ele teve passagem pelo Fantástico, um de seus momentos mais marcantes na revista eletrônica foi ao narrar o quadro protagonizado por Mister M, um mago mascarado que revelava seus truques ao público.
Icônico jornalista e pai de família; conheça Cid Moreira
Cid Moreira nasceu em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, no interior de São Paulo. Ele era formado em contabilidade e mudou para o campo da comunicação após ser descoberto por um diretor de rádio.
Ele narrou comerciais na rádio até 1949, quando mudou-se para São Paulo para trabalhar na Rádio Bandeirantes. Em 1951, foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde ficou até 1956. Nesse período, teve seus primeiros contatos com a televisão, apresentando alguns programas e comerciais da época.Sua estreia nas telinhas ocorreu em 1963, como integrante do Jornal de Vanguarda.