O cantor Leonardo, cujo nome de registro é Emival Eterno da Costa, foi incluído no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, mais conhecido como “lista suja”, mantida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A atualização do documento ocorreu nesta segunda-feira (07/10), com a inclusão de 176 novos nomes.
A inclusão de Leonardo na lista se deu após uma fiscalização na Fazenda Talismã, de sua propriedade, localizada em Jussara, Goiás. Segundo o MTE, foram encontrados seis trabalhadores em condições análogas à escravidão durante a operação. A fazenda foi alvo da inspeção após denúncias de irregularidades.
Em resposta, a assessoria de Leonardo alegou que os trabalhadores não eram seus funcionários diretos, mas empregados de um arrendatário que utilizava parte da propriedade para o plantio de soja. A assessoria também afirmou que o caso já foi resolvido judicialmente.
“Lista Suja” do MTE
A “lista suja” é atualizada semestralmente e tem como objetivo garantir a transparência das ações administrativas relacionadas à fiscalização do trabalho análogo à escravidão. Entre os 176 empregadores incluídos nesta edição, 20 foram identificados pela prática no setor doméstico.
Setores econômicos como a produção de carvão vegetal, a criação de gado bovino, a extração mineral e o cultivo de café foram os mais citados na lista. Segundo o MTE, as inclusões no Cadastro de Empregadores ocorrem após a conclusão de processos administrativos que julgam autos de infração, resultando em decisões definitivas. Os nomes permanecem na lista por um período mínimo de dois anos.