Após o retorno do sarampo em 2018, o Brasil conseguiu eliminar novamente a doença e já completou dois anos sem casos transmitidos internamente. A expectativa agora é reobter a certificação de país livre do sarampo, que havia sido conquistada em 2016.
De acordo com o Ministério da Saúde, o retorno dos casos de sarampo ocorreu devido ao intenso fluxo migratório de países vizinhos, combinado com baixas taxas de vacinação em diversos municípios.
Desde 2019, no entanto, os casos de sarampo estão em declínio. Os números caíram de 20.901 para 41 em 2022, sendo o último caso confirmado em 5 de junho daquele ano, no estado do Amapá.
Para a pesquisadora Patrícia Boccolini, do Observa Infância, que tem monitorado os casos de sarampo em crianças nos últimos anos, a ampliação dos programas sociais tem ajudado a reduzir a insegurança alimentar e a melhorar o acesso aos serviços de saúde, incluindo a vacinação.
A vacina tríplice viral, oferecida pelo Calendário Nacional de Vacinação do SUS e disponível nas unidades básicas de saúde, protege contra sarampo, caxumba e rubéola – doenças altamente contagiosas que podem causar sérias complicações e que no passado provocaram epidemias.
O esquema vacinal prevê duas doses para crianças de 12 meses até adultos de 29 anos, e uma dose para pessoas de 30 a 59 anos. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da primeira dose aumentou de 80,7% em 2022 para 87% em 2023. (Informações de Agência Brasil)
