A terapeuta baiana Cláudia Scheffler relatou que ficou desesperada quando uma sirene de evacuação tocou em um supermercado de Israel, quando ela tentava comprar comida com o marido. Nesta sexta-feira (12), o conflito no Oriente Médio, que já deixou mais de 2 mil mortos, chegou ao sexto dia.
“O alarme soou lá e foi desesperador, porque não entendo hebraico, só um pouco de inglês. Eles não falam inglês na condução do alarme, falam no idioma local”, disse a baiana, que passa férias no país.
Nascida em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador, Cláudia Scheffler contou que por não entender o anúncio, correu na mesma direção que as outras pessoas.
“Só fiz correr. Tiveram muitas pessoas que foram amáveis, perceberam que estávamos perdidos, explicaram o que estava acontecendo e nos levaram para um lugar seguro”, relatou a baiana.
“Independentemente de não conhecer, todos se unem e isso acho muito bonito. Todos se preocupam com a vida, não importa de onde seja”.
Essa é a 5° vez que Cláudia Scheffler está em Israel, mas foi a primeira vez que passou por uma situação como essa. A baiana espera conseguir sair do país, mas já comprou dois voos, que foram cancelados.
“Aqui [no hotel] soou o alarme três ou quatro vezes, mas isso não é nada em comparação a outros lugares como Jerusalém e a parte da fronteira de Gaza. Tenho amigos lá, a situação é mais tensa e muitos estão querendo ir embora”, disse.
“Eu infelizmente não entrei nessa lista, já estava lotado. Já mandei mensagem, mas até agora não me chamaram, não entraram em contato”, relatou a baiana.