A Bahia registrou uma das menores taxas de casamento do país em 2023, de acordo com a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (16). O estado aparece com índice de 4,8 casamentos por mil habitantes com 15 anos ou mais, abaixo da média nacional, que é de 5,6.
O levantamento considerou dados de quase 20 mil cartórios e varas judiciais, além de informações do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, do Ministério da Saúde. Entre as 27 unidades da federação, a Bahia ficou empatada com Amapá e Ceará e atrás de estados como São Paulo (6,3), Minas Gerais (5,9) e Paraná (6,0). Rondônia lidera o ranking nacional, com taxa de 9,1 casamentos por mil habitantes, enquanto o Piauí aparece na última posição, com apenas 3,7.
Dezembro é o mês preferido para casamentos
Em todo o Brasil, foram registrados 940,8 mil casamentos em 2023, uma queda de 3% em relação a 2022. Dezembro foi o mês com maior número de celebrações, com mais de 108 mil matrimônios – o equivalente a 12% do total no ano. Os meses de novembro e setembro também registraram altos números de uniões.
Veja os meses com mais casamentos no Brasil em 2023:
Dezembro: 108.537
Novembro: 95.217
Setembro: 89.955
Outubro: 86.424
Maio: 78.086
Julho: 75.224
Agosto: 73.796
Março: 73.787
Junho: 72.504
Janeiro: 65.795
Abril: 65.370
Fevereiro: 56.104
Os dados não incluem registros de união estável.
Nascimentos também em queda
A pesquisa do IBGE também revelou que 2023 teve o menor número de nascimentos no Brasil desde 1976, com 2,52 milhões de bebês registrados. A maior parte dos nascimentos aconteceu no primeiro semestre do ano, com destaque para o mês de março, quando nasceram 233,4 mil crianças.
Ranking dos meses com mais nascimentos:
Março: 233.432
Maio: 230.394
Janeiro: 221.560
Abril: 218.047
Junho: 216.496
Julho: 210.353
Agosto: 208.245
Fevereiro: 203.058
Setembro: 202.903
Outubro: 198.886
Dezembro: 191.452
Novembro: 188.411
A tendência de queda nos nascimentos e nos casamentos reforça mudanças no comportamento social e familiar dos brasileiros ao longo dos últimos anos.