A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da venda da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o país, após relatos de efeitos adversos em consumidores. A determinação foi publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (27).
Segundo a Anvisa, foram oito notificações registradas, envolvendo 13 eventos adversos relacionados ao uso dessa pasta. Entre os principais sintomas relatados, estão:
- inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral;
- sensação de ardência e dormência nos lábios e na boca;
- boca seca;
- gengiva irritada
- e vermelhidão.
Colgate Clean Mint
A pasta interditada é a Clean Mint, uma nova versão de um dos cremes dentais mais populares da marca, a Colgate Total 12. A empresa anunciou uma mudança na fórmula e no nome.
A marca ainda pode recorrer da decisão. O g1 procurou a Colgate, mas não havia recebido resposta até a última atualização desta reportagem.
Efeitos adversos com creme dental da Colgate
Pelo menos 13 casos de “eventos adversos” com a Pasta Colgate Total Prevenção Ativa foram registrados entre 1º de janeiro e 19 de março de 2025, segundo a Anvisa. Os principais sintomas relatados são: inchaço (amígdalas, lábios e mucosa oral), sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.
A Colgate não se pronunciou sobre a interdição até o momento da publicação desta reportagem. Após a repercussão inicial do caso, porém, a empresa admitiu que mudou a fórmula do produto: o creme dental, que começou a ser comercializado em julho de 2024, utiliza fluoreto de estanho, enquanto a versão anterior empregava fluoreto de sódio.
Na época, a Colgate disse que o fluoreto de estanho é seguro, eficaz e amplamente usado em cremes dentais ao redor do mundo. A empresa reconheceu, porém, que “uma pequena minoria das pessoas pode apresentar sensibilidade a determinados ingredientes – como fluoreto de estanho, corantes ou sabores”. Nessas situações, ela recomenda que os consumidores parem de usar o creme dental.
