“Piora significativa”. Isso foi o que apontou um laudo médico sobre o estado de saúde mental do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Anderson Torres, que está preso há 3 meses acusado de omissão, enquanto secretário de Segurança Pública, nos atos de 8 de janeiro.
De acordo com o jornal O Globo, o profissional da saúde que atendeu Torres afirmou que foram feitas “várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises”, mas que não houve resposta satisfatória.
Torres relatou ao profissional sensação de angústia, nervosismo, insegurança e pensamentos ruins. “Houve piora significativa do estado geral do paciente, com perda de peso, mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores”, relatou no laudo.
O ex-ministro passou a ter atendimento psicológico no dia 17 de janeiro, três dias após sua prisão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na quinta-feira (20), manteve a prisão preventiva de Anderson Torres. Na determinação, Moraes afirmou que o ex-ministro omitiu acesso dos investigadores ao celular.