O baiano Danilo Rabinovitz mora em Israel há cerca de 30 anos e relatou que, desde o último fim de semana, quando começaram os bombardeiros entre o país e a Palestina, tem se protegido em um quarto de segurança que existe dentro do apartamento onde mora, na cidade de Berseba.
“Graças a Deus eu estou em segurança, tenho um quarto de segurança dentro de casa. Mas a situação aqui está muito complicada”, contou.
Muitos imóveis do país possuem cômodos de segurança, como o que o baiano, que trabalha com educação não formal, tem dentro de casa. É um espaço com uma estrutura mais reforçada do que os outros.
A porta é de aço e as paredes são de concreto, bem mais grossas dos que as outras do imóvel. Uma pequena janela é reforçada com uma camada grossa de vidro e uma placa de aço, e deve estar totalmente fechada durante os bombardeios.“Nesse quarto a gente fica bastante protegido e é para ele que a gente vem quando as sirenes são acionadas, para caso caia algum ‘foguete’. Apesar disso, Israel tem sistema de defesa muito forte e cerca de 95% dos ‘foguetes ‘são combatidos ainda no ar”, contou.
Berseba é uma cidade de cerca de 204 mil habitantes que fica no sul de Israel, a cerca de 40 km da Faixa de Gaza, onde ocorrem os conflitos.
“Quando foguetes são lançados na direção de Berseba, as sirenes são acionadas e nós temos um minuto apenas para procurar um abrigo. Essa é a orientação, então, é importante ter esse espaço em casa”, detalhou.Quem não conta com essa estrutura em prédios, precisa sair para corredores ou ficar em escadas, nunca dentro dos apartamentos. Quem vive mais perto da Faixa de Gaza, tem um tempo ainda menor, de 30 segundos, para buscar local seguro.