A preocupação com a repercussão negativa da compra de um novo avião para transportar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o governo suspender, ao menos por ora, a operação.
A aquisição de uma nova aeronave presidencial havia sido ordenada pelo próprio Lula, que queria um avião maior que o atual, um Airbus 319, e que fosse mais confortável e tivesse autonomia suficiente para fazer longas viagens internacionais sem necessidade de escala.
Embora oficialmente o Palácio do Planalto estivesse negando haver qualquer decisão sobre o novo avião, nos bastidores, sob reserva, os movimentos para efetivar a compra estavam bem adiantados. Oficiais da Força Aérea Brasileira haviam sido incumbidos de buscar opções no mercado e, como a coluna informou, chegaram a encontrar e apresentar à cúpula do governo um jato intercontinental que consideraram a solução ideal.
A aeronave, usada mas em excelente estado e já com configuração luxuosa para transporte VIP, voava transportando bilionários do mundo árabe e fora colocada à venda recentemente. A transação custaria aos cofres públicos algumas dezenas de milhões de dólares.
O vazamento da informação e a leitura política de que a compra seria um prato cheio para a oposição e poderia repercutir mal na opinião fizeram o governo recuar. Não significa, porém, que o plano tenha sido engavetado para sempre. Quem acompanha o assunto de perto acredita que, mais adiante, a operação poderá ser retomada.