O Ministério da Saúde está envolvido em mais uma situação suspeita. Dessa vez trata-se da contratação de uma empresa com dispensa de licitação para aquisição de um medicamento. Ao todo, a empresa foi contratada para fornecer 90 mil frascos de imunoglobulina humana e recebeu R$ 87 milhões. O problema é que o ministério ainda não recebeu nenhuma unidade do medicamento.
Recentemente, inclusive, a pasta também gastou um dinheiro considerável, com a mesma situação: compra do mesmo rémedio com dispensa de licitação. No caso a compra foi feita com uma microempresa goiana de apenas um funcinário registrado. Neste caso mais recente, o contrato foi acordado em abril e possui uma previsão de entrega de cinco parcelas até o próximo dia 30 de setembro.
De acordo com uma reportagem do Metrópoles, o Ministério da Saúde afirmou que os produtos contratados não foram entregues. “Até o momento, não há registro de recebimento de insumos”. A pasta ainda diz que, pela falta de recebimento, nenhum repasse financeiro foi feito ainda. “Em consequência, não foram realizados quaisquer pagamentos à empresa”, diz o ministério.
E a Farma Medical, o que fala?
Já a Farma Medical, empresa que foi contratada e que representa a Prime Pharma LLC, dos Emirados Árabes, disse à reportegem, que o processo é de responsabilidade do ministério. “A importação do referido produto é de responsabilidade única e exclusiva do Ministério da Saúde”, informa a empresa. O detalhe é que a Farma Medical possui um capital social de R$ 100 milhões e está presente em seis estados brasileiros.