Um painel eletrônico que reúne informações sobre os investimentos de municípios baianos com festas juninas foi lançado pelo Ministério Público estadual na manhã de hoje, dia 14. O lançamento reuniu promotores de Justiça, chefes e representantes dos Tribunais de Contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM), dos Ministérios Públicos de Contas junto ao TCE e TCM, União dos Municípios da Bahia (UPB), União das Controladorias Internas do Estado da Bahia (Ucib), além de prefeitos e secretários de diversos municípios. ”Um momento de celebração e reconhecimento”, registrou o coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Proteção à Moralidade Administrativa (Caopam), promotor de Justiça Frank Ferrari, que, juntamente com a promotora de Justiça Rita Tourinho, parabenizou os 173 municípios que enviaram ao MP a planilha de custos com as festas juninas ( 2022 e 2023) e receberam o ‘Selo da Transparência’.
Frank Ferrari apresentou as funcionalidades do painel, que pode ser conferido em paineljunino.mpba.mp.br e é composto apenas por dados voluntariamente informados pelos municípios com relação a contratações de artistas para o São João. Nele constam os nomes dos municípios, abas para pesquisa da programação das festas, artistas contratados e valores pagos por cada Município. Para além do controle da gestão, a ferramenta serve de apoio e promoção ao turismo e à cultura baiana e à instrumentalização pública, que poderá, a partir dos dados, realizar futuras contratações com mais segurança jurídica, explicou o promotor de Justiça. Ele lembrou que os municípios poderão comparar e exercer um controle mais seguro e responsável partindo de algo objetivo. Para Frank Ferrari, a adesão dos 173 municípios ao projeto piloto, concebido em apenas um mês, foi algo ”surpreendente”. ”Os prefeitos estão de parabéns pela pela boa prática da gestão pública”, disse ele, parabenizando e agradecendo também aos órgãos parceiros do projeto, promotores de Justiça que aderiram e estão atuando em diversos municípios e servidores que estão contribuindo com a ação.
A promotora de Justiça Rita Tourinho destacou que ”o painel não atesta a legalidade dos gastos públicos, a razoabilidade, economicidade e/ou eficiência, mas tem funcionalidades importantes e significado forte para a sociedade baiana”. Ele permitirá que gestores tenham parâmetros para contratações e propiciará um controle social efetivo, afirmou, enfatizando a relevância da transparência. ”Não há democracia sem transparência”, frisou a promotora. Ela também parabenizou os municípios que prestaram as informações e lamentou pelos que não aderiram, pontuando que ”eles não utilizaram a oportunidade para reafirmar o compromisso com a sociedade”. Rita Tourinho registrou que a ação revela o ideal dos MPs e Tribunais de Contas de compromisso com o controle preventivo que pode detectar, de forma precoce, irregularidades, além de evitar gastos desnecessários, corrupção e uma atuação repressiva. ”Claro que a atuação de má-fé ou com dolo continuará sendo reprimida pelos órgãos de controle, mas isso não é o nosso objetivo”, salientou.