Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontaram a base salarial dos brasileiros em 2024. No geral, a média foi de R$ 3.225 por mês, com a Bahia registrando um dos salários mais baixos do país: R$ 2.165.
O economista do FGV IBRE, Rodolpho Tobler, associa o baixo rendimento das regiões Norte e Nordeste ao grande índice de trabalhos informais. De acordo com informações do g1, sete estados apresentaram mais de 50% nas taxas de informalidade. Foram eles: Pará, Piauí, Maranhão, Ceará, Amazonas, Bahia e Paraíba — todos do Norte e Nordeste.
“Também tem a ver com a estrutura da atividade econômica nessas regiões, mais centrada em serviços e com menos indústrias, que geralmente proporcionam um salário mais elevado”, disse o economista, conforme reportagem do g1.
O aumento salarial do país foi de 3,7% em relação a 2023 e de 10,1% quando comparado a 2012, ano em que o Instituto começou a realizar os cálculos-base. O Distrito Federal ocupa o primeiro lugar devido à alta oferta de cargos públicos. Já estados como Amazonas e Roraima, tiveram redução no pagamento profissional do ano passado. Apesar do crescimento, o Maranhão continua no último lugar do ranking.
“Considerando que o Brasil é um país de tamanho continental, tem muita desigualdade. E nem sempre uma política pública pensada no nível nacional funciona no nível regional”, informou o economista ao g1.
