A Justiça determinou a exclusão do nome do cantor Leonardo do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à escravidão, publicado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em outubro.
Em decisão emitida na quarta-feira (13), o documento solicita a remoção do sertanejo da lista, que atualmente conta com 176 nomes, até o dia 20 de novembro.
O juiz responsável pela decisão afirmou: “Defiro o pedido liminar para determinar a imediata exclusão do nome do requerente no Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas às de escravo. A medida deverá ser cumprida pela União até 20/11/2014 e perdurará até o trânsito em julgado destes autos.”
A inclusão de Leonardo na lista ocorreu após uma fiscalização realizada em novembro do ano passado na Fazenda Talismã, avaliada em R$ 60 milhões e localizada em Jussara, Goiás.
O cantor, que na época arrendou parte da propriedade para cultivo de soja e milho, chegou a se pronunciar publicamente, negando qualquer envolvimento com a situação. Ele explicou que não tinha conhecimento das condições de trabalho no local e reforçou sua idoneidade.
Em seu pronunciamento, Leonardo declarou: “Muito surpreso e muito triste por meu nome estar sendo vinculado no meio, televisão, rádio e internet, quero dizer que em 2022 eu arrendei uma fazenda para que o arrendatário plantasse soja e milho, sei lá, o que ele quisesse, se eu estou arrendando a fazenda para ele, e ele tem direito de plantar o que quiser. […] Eu, do meu coração, jamais faria isso, acho que há um equívoco muito grande com a minha pessoa, o Brasil inteiro sabe como eu sou, da idoneidade que tenho, graças a Deus, meu pai com a minha mãe que me deixaram tudo, e eu estou dizendo pra vocês, eu não me misturo nessa lista aí que eles fizeram de trabalho escravo, sou totalmente contra esse tipo de coisa, e serei sempre.”