O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quitou, com 27 anos de antecedência, uma mansão adquirida por quase R$ 6 milhões em 2021. Uma ação contra o senador foi protocolada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Em 2021, o parlamentar comprou a casa, localizada no Lago Sul, região boêmia da cidade, dando uma entrada de R$ 2,87 milhões e financiou R$ 3,1 milhões junto ao banco BRB para que o imóvel fosse quitado em 30 anos.
Três anos depois, a dívida do imóvel já foi findada. Ao ser questionado pelo Jornal Globo acerca deste pagamento, o senador afirmou que, além de ser parlamentar, também é advogado e empresário. No entanto, ao ser perguntado acerca de possíveis clientes ou atividades empresariais, o senador não respondeu.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) registrou ação contra o senador, justificando que o banco que concedeu o financiamento ao senador e à sua mulher agiu em “desacordo com as suas próprias regras internas”. Conforme alegado, a renda informada pelo casal não seria o suficiente para firmar o financiamento
O banco afirmou que o financiamento estava disponível “para todos os clientes que atendessem aos requisitos definidos no Manual”. O caso tramita atualmente no TJDFT. Inicialmente, a 1ª vara julgou improcedente o pedido de Kokay. Após uma apelação, o tribunal cassou a sentença e determinou o retorno do caso para inclusão de mais documentos necessários para o esclarecimento dos fatos.