Durante visita ao município de Itagi, no Médio Rio de Contas, nesta quinta-feira (20), onde esteve a convite do prefeito Olival Andrade (UB), o ex-prefeito de Salvador e principal liderança da oposição ao Governo do PT na Bahia, ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, não poupou elogios ao prefeito da vizinha cidade de Jequié, o ex-presidente da UPB, Zé Cocá (PP), mesmo o mandatário da Cidade Sol não estando presente no ato.
”Quero aproveitar para deixar o meu fraterno abraço ao prefeito de Jequié, Zé Cocá, esse grande líder da região, que tem um futuro político brilhante pela frente. Zé Cocá que, com a gestão que faz, ele se projeta como um dos nomes mais fortes dessa nova geração de políticos da Bahia”. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Jequié FM, que cobriu o evento. O apoio de Zé Cocá a Neto nas eleições estaduais de 2022, quando o líder da oposição perdeu o pleito para o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) foi um dos mais simbólicos da caminhada do ex-prefeito pela Bahia.
Nos dias atuais, a relação entre ACM e Zé, que chegou a romper com o PT para lhe apoiar parece não ser estreita como nunca foi, mas que aparentava ser nas eleições. Nos meios políticos, as conversas são de que o prefeito de Jequié poderá voltar a integrar o grupo do Governo, mas que essa reaproximação só deve acontecer depois do prefeito reeleito com suas próprias pernas e o apoio do povo, é óbvio, e que o entrave seria o ministro Rui Costa (PT), que ainda não teria digerido a ruptura de Cocá com o seu grupo. De duas uma: ou volta para à base ou segue na oposição, inclusive podendo integrar ou liderar a chapa no futuro.
Mas há quem diga que, pernamecendo na oposição ou não, Zé teria a pretensão de disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026 [possibilidade negada pelo prefeito] e que para isso teria que emplacar o sobrinho no cargo de vice-prefeito, o engenheiro civil Flavinho Brandão, filiado ao União Brasil e cogitado como vice da chapa nas eleições municipais da Cidade ASol. É o que dizem nos bastidores. A política, como dizia Ulysses Guimarães, é uma nuvem…
*por Marcos Frahm