O delegado regional, coordenador da 9ª Coorpin, com sede em Jequié, Roberto Leal, comentou, em entrevista ao radialista Antonio Júnior, da Rádio Jequié FM, sobre os índices de violência na Cidade Sol, em meio à polêmica relacionada a matéria da TV Record, que foi exibida no programa Domingo Espetacular, no último domingo (28), classificando o município como o mais violento do país. Segundo o delegado, números da 9ª Coorpin revelam a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais – CVLI, com redução de 42% dos crimes de 2022 para 2023 e, em 2024, segundo o oficial da Polícia Civil, a redução dos homicídios nos primeiros quatros meses do em comparação com o mesmo período de 2023 é de cerca de 10%. Na entrevista, o delegado enumerou os homicídios registrados em Jequié, nos últimos três anos: 122 em 2022, 59 em 2023 e 24 homicídios ocorridos até agora, em 2024. ”É uma redução considerável. Recebemos essa notícia, que foi veiculada através de uma rede de televisão e não conhecemos muito bem a dinâmica, nem quais são os dados coletados em relação a esse anuário da violência, mas posso dizer que Jequié é uma cidade tranquila”, disse o delegado.
Apesar de apontar a redução dos crimes, o representante da Coordenadoria da Polícia Civil da região, composta por 24 municípios, com 21 delegados, que atuam com apoio de investigadores e escrivães, abrangendo os territórios Médio Rio de Contas e Vale do Jiquiriçá admite que o tráfico de entorpecentes é o principal fator dos crimes que ocorrem em Jequié. ”Já trabalhei em outras coordenadorias, de Itapetinga, Irecê e Feira de Santana, durante seis anos, e posso dizer que conheço um pouco da realidade da violência no interior da Bahia e os incides aqui são controlados, se você levar em conta apenas os homicídios. Se fosse para a gente analisar, a redução é extremamente significativa, mas nós não analisamos apenas isso, estamos numa cidade onde os crimes contra patrimônio, furto e roubo de veículos tem número controlados. Então, a gente pode dizer que Jequié é uma cidade segura. Não é que não tenha problema, tem sim, essa questão do tráfico de drogas, essas mortes vinculadas ao tráfico, como é aqui também, a maior motivação dessas mortes é a disputa pelo tráfico, mas isso é um fenômeno que ocorre em todo o Brasil”, justificou.
Roberto Leal também destacou a elucidação de crimes recentes em Jequié, citando como exemplos a chacina dos ciganos, com três autores presos e relembrou ainda a morte de um cadeirante, cujo, autor encontra-se foragido.
*por Marcos Frahm