Com o objetivo de ampliar o apoio em votações consideradas estratégicas tanto na Câmara, quanto no Senado, o governo Lula (PT) vem tentando uma manobra para aumentar a sua base se suporte no Congresso Nacional.
Neste sentido, a ideia é a atrair deputados de partidos do Centrão, a exemplo do PP e do Republicanos, que fizeram parte do grupo que deu apoio maciço na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na semana passada, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chamou o líder do Republicanos na Câmara, Hugo Motta (PB), para firmar o compromisso de que o PT iria apoiar a indicação para o TCU tanto na Câmara, quanto no Senado.
O partido de Lula auxiliou também o presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), a ser escolhido primeiro vice-presidente da Câmara. Mesmo com a segunda maior bancada, o PT não entrou na disputa por esse cargo e ficou com um posto menor, a segunda secretaria.
Outra demonstração desse empenho, de acordo com o jornal Extra, foi a aprovação, no Congresso, do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR), para uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A articulação, porém, também abrange o PP e é considerada prioritária.
O foco é, especialmente, o aumento dos apoios na Câmara. Aliados de Lula avaliam que podem atrair 25 dos 49 deputados do PP e 20 dos 42 do Republicanos. Ou seja, 45 votos no grupo que hoje tem como líder principal o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Por sua vez, no Senado, o cenário é considerado mais difícil: os seis senadores do PP foram eleitos com o apoio de Bolsonaro. No Republicanos, o único que tem diálogo com o PT é o senador Mecias de Jesus (RR), pai do futuro ministro do TCU. (BNews)